Nostalgia é uma coisa que não te larga quando você está insatisfeita com a sua vida atual não é? Pois é, fim de domingo, recomeçando a rotina diária sempre me faz lembrar dos meus queridos 14, 15 e 16 anos. Época que eu era feliz e não sabia. Todo mundo tem um momento na vida que se depara com essa frase né? Mas talvez naquele momento você não precisava ter consciência mesmo de que era feliz, pois observando a partir do presente, as coisas mudam e muito, porque afinal você mudou muito também. O que eu mais sinto falta é a paixão que eu tinha, o calor dos sentimentos, eu vivia muito mais intensamente, raramente eu ficava entediada ou desanimada, sempre estava apta pra fazer qualquer coisa, arranjar qualquer coisa pra não ficar parada. Sinto falta de curtir a vida e não me preocupar com nada. Crescer é tão difícil, não sei porque tamanha ansiedade de chegar aos 18 anos, caimos na real de que isso não é legal. Não é legal porque as coisas não mudam do dia pra noite quando se chega a maioridade, as coisas só pioram, as cobranças pioram, a pressão aumenta, você deve ser mais responsável, o que isso tem de legal? Pulando essa parte, deve ser legal virar adulto logo, ser independente e morar sozinho, tudo bem que como eu ainda estou nessa fase pouco posso falar sobre o que virá depois. Porém, acho que essa fase dos 18 até pelo menos os 22, que é um tempo de fazer faculdade, é uma fase muito pesada e confusa. Muitos pesos são jogados na sua costa sem nem você esperar por eles, e tudo isso é que desanima, cansa e faz você perder a vontade de tudo. Me sinto assim. Sem aquela paixão que eu tinha, por tudo, eu não me sinto viva. Sei que está faltando algo, mas não sei como consertar. Minha cabeça roda, roda, roda e não para numa posição. Não quero mais surtar, quero conseguir raciocinar. E tá difícil... Sinto falta de não ter tantas responsabilidades, tantas decisões, tanta confusão. Sinto falta da vida fácil, das saídas mais simples porém divertidas, sinto falta de me encantar com as coisas e pessoas, sinto falta da minha essência, que parece que sempre se perde de mim.
2 comentários:
Não culpe a idade pelo que ela te trouxe. As coisas têm exatamente a dimensão que você dá para elas. Passo diariamente por situações complicadas, esforços mentais e físicos que não me sinto preparada. Mas a culpa não é eu fazer 20 anos. Aliás, a responsabilidade disso tudo é fruto das decisões que eu tomei durante meus 16, 17 anos...
Você sabia que o equilibrio do corpo se encontra no umbigo? Pois é, eu aprendi isso na capoeira. E às vezes é isso, o problema não está fora, mas dentro, muito dentro da gente. Se o problema é dentro, podem existir soluções dentro também.
A graça dos 18 anos não é tirar habilitação, comprar bebida alcoolica ou poder ser preso. A graça é saber que crescemos e que precisamos disso, reconhecer o crescimento. Só isso, reconheça que cresceu, e não que envelheceu.
Tudo o que você diz que sente falta, não deixou de existir. Não mesmo!
Beijos afetuosos!
Eu acho essa fase um tanto quanto interessante, e concordo com quase tudo do comentário acima, talvez apenas eu seja um pouco mais cético. Acho que a questão não é descobrir que era feliz e não sabia, mas sim a percepção de que já não se é tão feliz e saber disso! Quando fui morar sozinho, sai de casa com 17 para ir para a facul, foi fantástico, me considera adulto, e foi a fase que mais valorisei meus pais, pois percebi o duro que eles davam tendo que tomar decisões sozinhas. As vezes volto para casa apenas para ter um dia comum sendo apenas filho, nada de responsabilidades. Mas a emoção de correr e sentir o vento batendo no rosto valem todas responsabilidades que a idade trás. Relaxa que em breve vc acostuma, e dai tudo melhora de novo x)
Postar um comentário