quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sensação que não volta mais



Quando você é pré-adolescente e gosta de um garoto a cada semana, e imagina tudo com a maior ingenuidade, pegar na mão, abraçar, dar um beijo sem morrer de vergonha, porém já morre de vergonha só de pensar isso. Toda aquela paixãozinha gostosa de sentir sem nenhuma intenção muito profunda de que aquilo vai se realizar. De conversar com a amiga sobre o garoto que gosta e ficar com os olhos brilhando toda boba. Isso tudo pode ser besteira, para você garoto que só pensava em jogar vídeo-game, bola e empinar pipa. Nós garotas sempre fomos as mais ingênuas, bobas e sensíveis, de imaginar que algum garoto poderia ser compreensível com seus sentimentos. Não quero lembrar das 'primeiras quedas', não é uma sensação que eu gosto de lembrar. Porém, de todas ás vezes que eu já me apaixonei ingenuamente, porque depois que você cresce, entra e sai de um relacionamento, acho que a dor é pior. Quando você não esteve em nenhum relacionamento e ainda não tem malícia, as coisas são muito mais simples e boas e parece que tudo é muito fácil de ser realizado. A tendência é piorar e dificultar sempre, isso é triste até de se pensar. Quanto mais experiências você tem, mais conhecimento, você acaba sabendo onde pisar, sabendo onde tropeçar, sabendo como vai ser cair e sabendo que você vai levantar mais forte ainda. E isso tudo de "saber" faz com que perca a graça. Porém, todos os dias você espera por algo novo que faça com que você sinta tudo aquilo de novo ingenuamente como se tudo fosse seguro e você estivesse protegida, mas não é assim, e aquela sensação não vai voltar. Conforme-se. Só resta as lembranças de qualquer forma, porque as melhores coisas sempre ficam guardada detalhadamente na memória.

Que coisa maluca a distância, a memória. Como um filtro seletivo, vão ficando apenas as coisas e as pessoas que realmente contam.Caio Fernando Abreu

3 comentários:

Pétilin disse...

As coisas são sim previsíveis... Ainda mais quando ligadas a relacionamento. Porém, as pessoas são diferentes. As histórias não se repetem igualmente.
Achei por um tempo exatamente isso, que nada teria mais graça. Que todos os amores seriam iguais.
Mas me surpreendi. E quanto mais vivo, mais me apaixono, mais sou capaz de amar, mais sinto a dor da perda, mais sei que terei mais pra viver.
Só que ao mesmo tempo em que tudo se torna intenso, é possível viver essas experiências de forma amena. Onde a intensidade é maior, só que dura por menos tempo.

Acho confuso, mas por ora acho que é isso. Só acho...

Lego disse...

Você fala de coisas inquietantes e tristes sem ater-se à lamentação enfadonha. Realmente, a memória (falha e confusa) sabe dar valor aquilo que realmente vale.

Bárbara Thamíres disse...

oioi...to seguindo me segue tbm...]]


http://overdosevip.blogspot.com

bjin...