Anything but ordinary

Me peguei pensando agora... eu queria ser uma garota mais complexada comigo mesma, pode ser terrível dizer isso pra quem de fato é, mas acho que eu sempre fui muito segura em relação a tudo, e acho que faltou um pouco de medo em todas as atitudes que tomei na minha vida, sempre me joguei de cabeça, mergulhei sem pensar, posso ter tido muitos bons momentos sendo assim, porém tive muitas consequências ruins também. Se eu pensasse um pouco antes de fazer, se eu ficasse um pouco na dúvida, se eu fosse como aquelas garotas complexadas que tem medo de tentar, medo de amar e se machucar, medo de ser diferente, medo de fazer coisas erradas, talvez se eu tivesse um pouco disso, eu não teria feito tanta merda como a qual eu me deparo hoje, essa merda toda que foi jogada no ventilador e voltou em direção a minha própria cara. Se eu não pensasse sempre "eu quero, eu vou ter, eu consigo qualquer coisa que eu quero", eu poderia perder, mas perder de verdade, pra aprender a dar mais valor às coisas, às pessoas. Se eu não quisesse dominar tanto o mundo e fosse aquela garota quieta que sonha mais do que realiza, talvez eu estivesse melhor hoje em dia, seria mais sensata. Mas como eu sou eu, nasci assim descomplexada, maluca, sem jeito, não vou dizer jamais que me arrependo. Simplesmente tenho consciência das coisas certas e erradas que eu fiz, e tudo isso serve de aprendizado. Porque teoria é muito fácil, agora pra aprender de verdade é preciso viver, sentir, sofrer, se machucar, chorar, enlouquecer, surtar. Apesar de eu não ser complexada, não sou comum, sou mais um ser humano... qualquer coisa, menos comum.